(((((:::::QUALQUER COISA:::::)))))
Qualquer coisa de paz. Ou, simplesmente,
uma ausência de si, quase lunar,
que iluminasse as estrelas por dentro do peso a gravitar.
Aonde a solidão, a pesar sobre si,
de suas sementes abertas ao vento
nada fosse além de ínfimo pensamento.
Peço a paz
aos meus pulsos que traçam na chuva
um rosto a contar primaveras uma a uma,
Peço a paz ,silenciosamente
a paz que é uma madrugada sem partida ou chegada
aos passos leves da morte que nada mais é que a vida iluminada
Ahh... paz peço, a paz apenas
o repouso no barro das mãos
uma língua sensível ao sabor do vinho
a paz clara de lama e sol
Quero que suba à minha fronte
a serenidade desta condição:
harmonia plena ao cimento da estátua
que sabe que não tem coração.
Mas eu o tendo - seja livre, leve
como os primeiros raios da criação
Peço a paz e o silêncio -
Abro as portas da História,
deixo passar a Vida!