Zênite

A profundidade do corte em carne viva

Faz borbulhar a alma do poeta

Expele a verve indignada

Entre os cactos da sozinhez

Retalha os versos e os salga

Um a um, por vez

Dependurando-os ao sol

Seco está o poema

Exposto ao afiado bico de pena

Dos abutres em quarentena

taniameneses
Enviado por taniameneses em 09/08/2011
Reeditado em 09/08/2011
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