UM OLHAR

Espuma do tempo, embaça os meus sentidos.

Não quero ver, não quero ouvir, não quero

que este instante passe nem que morra

o brilho desse olhar.

Que pare o tempo e o carrossel de dores

a que chamamos 'vida'.

Que nem o vento movimente ao menos

uma folha, que a gota d'água não caia,

o grão de poeira não brilhe sob a luz

e que esse olhar se perpetue e fique

gravado na retina do sol

eternamente.

Cliz Monteiro
Enviado por Cliz Monteiro em 09/08/2011
Código do texto: T3149008
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