VI
minha tarde fria
quem há de aquecê-la?
tua alegria em brasa
escorre nos vãos dos dedos
das horas que passam em vão
flor e fogo se somam
ao desejo de aquecê-la
e assim me perco
e se me encontro
é na noite insone
da brisa fria nas janelas
e endredons surrados