Imagens refletidas.

Abrem-se portas de longínquas datas

Encontram-se farpas e imagens distorcidas

Sobre os fardos dos invernos recolhidos

No presente, o anoitecer dos dias idos.

Passam a observar o que se foi

Envolvidos no clarão do entardecer

Fontes vivas engastadas pelo o tempo

Sob os cabelos que insistem em viver.

Olham as estrelas que são indiferentes

Aos fitares dos lumes que saem em busca delas

Fartas lembranças desses olhos rutilantes

Fazem-se presentes sobre os vidros das janelas.

São retratos das nossas alvoradas

Coisas retrasadas de um viver

Brasas vivas das saudades lancinantes

Extraídos dos mais belos amanhecer.

Edivaldo Mendonça
Enviado por Edivaldo Mendonça em 09/08/2011
Reeditado em 20/03/2013
Código do texto: T3148748
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