Protagonista do meu "eu"
Vejo o silêncio gritando nossa distância
Fazendo acordar em mim o amor adormecido
Minha mente suspira com frescor de infância
E o coração pensa o sabor do calor retido
Minhas mãos ocupam-se de sentir o vazio
A pele relembra o perfume que nela pousava
Os olhos perdem-se voltados para um arrepio
E minha boca tenta reviver o paladar que a chamava
A paisagem transfigura-se pintando outra aquarela
O sol cala seu brilho em reverência a minha tristeza
Aqui uma flor esconde-se, fingindo ser menos bela
Tudo se encolhe sem demonstrar vigor ou clareza
Quando a noite deixa cair o manto, inclinada
A lua, minha companheira, aparece com face minguada
Nessa dor lanço-me a Morfeu
Leio nova história sendo você protagonista do meu “eu”.