(((((:::::ECOS DO AMOR:::::)))))
Eu indiferente à sonolência da língua
ouço o eco do amor há muito soterrado
desço com a lentidão ruiva das feras
onde a boca procura o sul
e o mar sobe as manhãs idosas
inundando-me o corpo quebrado de serena desilusão
habitada ainda por flutuantes mãos
estava nua ,sem água e sem luz
longe da imobilidade sem construir a perfeição
os dias foram-se sumindo em cor de chumbo
na procura incessante doutra amizade
que me prolongasse a vida
e uma vez acordei lentamente por cima da idade
tão longe quanto era possível inventar outro amor
que não me ferisse o coração mas que pulsasse mocidade.