MARIPOSA
A mariposa não é bela.
Suas cores são escuras
E seu corpo é cuneiforme – sem graça.
Não é falsa.
Ela é o que é e não se envergonha.
Tímida, voa à noite.
Seu nome é charmoso
M.A.R.I.P.O.S.A.
É charmosa.
A mariposa voa à luz do luar.
Suas asas são mantos.
As putas abrem os bordeis
Não antes das ‘déis’
De Vênus, as filhas.
Nosso lado que queremos ocultar é como este inseto.
É o enigma de todo ser humano.
Verdades que só nós conhecemos
(não revelamos nem para o nosso lado direito)
Mistérios que escondemos em nossas noites de luar.
Cobrimos com mantos de veludo.
Só a Lua conhece este nosso charme.
Ela conhece nossos segredos.
Os outros nosso encanto.
Diana é uma deusa fidedigna.
L.L. Bcena, 02/12/1999
POEMA 288 – CADERNO: ROSA VERMELHA.