Ofertei meu coração...
Arranquei-o com as próprias mãos
Estendi os braços
Num gesto, entreguei-o ao amado
Com o peito ainda sangrando
Comigo, nem me importei
Achei que não havia errado
Coração tolo! Apaixonado!
Já não basta estar machucado?
Tem que ser enganado?
Apunhalado?
Espezinhado?
Necessita ser maltratado?
Parece gostar da dor
Gostar de sofrer por amor.
O presenteado... Nem o olhou
Sem demora fora devolvido
Nem sequer o tocou
À devolver não titubeou
Como se não valesse nada
Como se fosse motivo de piada
Dessa, não achei graça
Foi uma total desgraça
Mas o coração maldito
Gosta de um bandido
Gosta de um algoz
Pra lhe calar a voz...