Não quero essa alma devassa,
Não quero essa alma doida,
Não quero essa alma desenfreada,
Nem essa alma explosiva.
Alma danada, do nada parida,
Alma sentida, alma desalmada.
Quero ela passiva, obediente,
Quero calma, líquida, angelical,
Submissa e coerente.
Calando ao meu mandar,
Rindo ao meu gargalhar,
Chorando ao meu chorar,
Que nunca ousasse poetar,
Pois poeta não sabe amar,
Mas, é essa alma que tenho,
Sem ela não posso ficar...