Rebelde por convicção

As asas do meu pássaro

tolhidas se aquietaram,

talvez por precaução

por certo nem me notaram.

O que quero, nem sempre tenho,

o que tenho, nem sempre quero,

sonho com o tango de Piazzolla,

ouvindo Ravel in bolero.

Qual Abraão levando Isaac

para no monte imolar,

sou como Jacó e o Anjo

quero proteção ganhar.

Mas por saber que não mereço

sei que sei, que sou tão falho,

um caminho vasto à minha frente,

porém sigo sempre, noutro atalho

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 08/08/2011
Reeditado em 24/07/2015
Código do texto: T3147391
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