Era ainda cedo

Recobrei minha consciência,

muito palidamente...

Me sentia ainda em demência

e me achava estranhamente

perdido entre as brumas do tempo.

Não conseguia falar

e também não sentia alento

nem para pensar...

Balbuciava palavras com medo,

um perfume diferente impregnava o ar.

Era ainda cedo

para tentar ouvir

a voz do meu coração,

mas podia sentir

toda a minha excitação

em todos os sentidos.

Consegui de certa forma, então...

ouvir a voz do meu coração.

Não pude me conter

e isso somente me encantava,

minha primeira lágrima começou a descer

porque tudo me fascinava.

Frenética pelo encantamento,

comecei a gritar...

Havia me encontrado no tempo,

consegui me aliviar.

Gabrielle Pizarro
Enviado por Dom Galaz em 08/08/2011
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