Trevas
O olhar distante cinzelou o vazio
Do quarto, corpos e mortalhas feridas,
Nas paisagens reclusas e oprimidas,
Que me inundavam nos umbrais do sombrio.
E eu, titubeante, fui do leito fatal,
Com lutuosas paixões, suspiros finados...
As velas, beatas, ofuscaram rendados
Da nova cova, de um recente portal!
Prossigo então, como a corrente dos rios
Prossegue o rumo dos caudais turbulentos,
A minha marcha solitária e velada.
Vou só, mas ciente que estes meus tresvarios,
São algo mais que alienações; são proventos...
São ventos, quimeras; são Trevas toadas!