Morto de fome e de sede
O fingimento é da poesia a essência
Contrasenso impondo incoerência
Ao desarmonioso passo sem compasso
Da certeza que se não admite
De um ato único e triste
Quando sem ação se assiste
Ao tempo dentro da rede
Morto de fome e de sede
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Acrescento a esta página o texto poético do escritor JORGE LUIZ DA SILVA ALVES. Sugiro aos colegas uma visita à página desse colega para acompanhar a alegria de um homem dedicado ao cultivo das letras ao lançar ao mundo um livro do qual tenho a distinção e a honra de ter feito a apresentação. Estou muito e muito agradecida, orgulhosa, vaidosa. Congratulações e as continências literárias de praxe, Jorge!
"Finge sentir que é dor
a dor duma vida severina,
um perspicaz fingidor
esquecendo dores d'amor
carpindo pranto da sina
deveras tão severina,
como Pessoa demonstrou
e Cabral Neto sentia"