Morto de fome e de sede

O fingimento é da poesia a essência

Contrasenso impondo incoerência

Ao desarmonioso passo sem compasso

Da certeza que se não admite

De um ato único e triste

Quando sem ação se assiste

Ao tempo dentro da rede

Morto de fome e de sede

***

Acrescento a esta página o texto poético do escritor JORGE LUIZ DA SILVA ALVES. Sugiro aos colegas uma visita à página desse colega para acompanhar a alegria de um homem dedicado ao cultivo das letras ao lançar ao mundo um livro do qual tenho a distinção e a honra de ter feito a apresentação. Estou muito e muito agradecida, orgulhosa, vaidosa. Congratulações e as continências literárias de praxe, Jorge!

"Finge sentir que é dor

a dor duma vida severina,

um perspicaz fingidor

esquecendo dores d'amor

carpindo pranto da sina

deveras tão severina,

como Pessoa demonstrou

e Cabral Neto sentia"

taniameneses
Enviado por taniameneses em 08/08/2011
Reeditado em 08/08/2011
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