ALMA NO LIMBO
ALMA NO LIMBO
A vida se esvai
O corpo entra no sono eterno
Há languidez nos músculos
Enrijecem os nervos
A alma busca o espaço sideral
Às vezes adormece ao relento
Não há mais alento
Tateia em névoas
Há as que acossadas se refugiam em cavernas
Outras procuram esconderijos escuros
De nada adianta o frescor da madrugada
Também não o calor do sol
O medo a afasta e a leva à deriva
Em verdade se perde no limbo
(abril/1981)