... E ela carregava flores
Uma linda moça, no parque –
ao amanhecer –, iludida pelo luar
que a fez crescer
Simples, mas diferente
do que qualquer um jamais poderia ser
alguém que minha atenção soube roubar
Em busca de algo estava,
mas ainda sorrindo,
como se nada pudesse abalar
os passos que ela havia de andar
Com um sorriso no rosto,
e a felicidade de cada momento
ela carregava flores,
como se a elas a morte nunca fosse chegar
Até o próximo luar,
ou até amanhecer,
o que pude pensar
foi "até quando poderei me enganar"
Um "tarde demais" quase ousei falar
mas algo me fez pensar
o quão tarde poderia ser
para que esperança não pudesse haver
e que me fizesse parar
Porque muros são problemas
mas muros não crescem,
nós crescemos
e os fazemos pequenos
tão pequenos que sobre eles podemos saltar
E o vento gelado me fez perceber
o que realmente era para ser
e a realidade me avistar
o que minha mente não pode pensar
na barreira a qual não pode passar
A simplicidade é confusa de se achar
mas não sou do tipo que desiste;
facilmente a cessar
Mas a simplicidade sempre foi,
sempre será,
o que a moça fez-me realizar
não em um momento apenas
mas uma promessa às estrelas
que não paravam de olhar
a linda moça sob o luar
Ela era uma linda moça
... e ela carregava lindas flores,
que sorriam simplesmente por ali estar.