III

o barro

de que me componho

fenecerá um dia:

roto

alquebrado

inútil

se o nada

é o fim

por que

nos compomos

da inútil matéria?

resta viver

o vigor

do delírio:

o pulsar da matéria

no recompor

do barro?

Ronaldo Giusti
Enviado por Ronaldo Giusti em 07/08/2011
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