Hora da fraqueza
Vou chorar
De tristeza, sei que vou chorar
Ao me recordar o que passou
Ao me lembrar do que um dia já senti
Vou chorar
Como se isso fosse resolver
Vou chorar... bem sei que vou
Embora saiba que não vai valer
Pois já há muito que eu desisti
Vou chorar
Angustiadamente, vou derramar meu pranto
desenrolando assim, meu desencanto
Como se a alma pudesse se lavar
Vou chorar
De teimosia, de impotência, de fraqueza
Vou chorar até que se esgote a tristeza
Que pretende agora mesmo me assolar
Vou chorar
Deixar fluir nas lágrimas meu vazio
Fazer rolar para fora aquele frio
Que enrijece o meu modo de pensar
Vou chorar
E quando esgotar de todo meu tormento
Hei de cantar, alegremente, o sentimento
Que por certo há de me restar
Então... somente então
Compreenderei que o sofrimento
É a semente fecunda
Que nos ensina a amar...
Priscila de Loureiro Coelho
Consultora de Desenvolvimento de Pessoas