Hora da fraqueza

Vou chorar

De tristeza, sei que vou chorar

Ao me recordar o que passou

Ao me lembrar do que um dia já senti

Vou chorar

Como se isso fosse resolver

Vou chorar... bem sei que vou

Embora saiba que não vai valer

Pois já há muito que eu desisti

Vou chorar

Angustiadamente, vou derramar meu pranto

desenrolando assim, meu desencanto

Como se a alma pudesse se lavar

Vou chorar

De teimosia, de impotência, de fraqueza

Vou chorar até que se esgote a tristeza

Que pretende agora mesmo me assolar

Vou chorar

Deixar fluir nas lágrimas meu vazio

Fazer rolar para fora aquele frio

Que enrijece o meu modo de pensar

Vou chorar

E quando esgotar de todo meu tormento

Hei de cantar, alegremente, o sentimento

Que por certo há de me restar

Então... somente então

Compreenderei que o sofrimento

É a semente fecunda

Que nos ensina a amar...

Priscila de Loureiro Coelho

Consultora de Desenvolvimento de Pessoas

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 05/07/2005
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