Pra Você

 

 

Se a cada paixão, a cada aconchego

A cada flerte, a cada entrega

Tivesse eu permitido, como souvenir

Uma fatia de mim, um pedaço

Um grão que fosse

Estaria como cinzas ao mar

Um ser cremado solto ao vento.

 

Ante a isso, sem medidas, sem poupar

Distribuí sentimentos verdadeiros

Porém, hoje sei, menores...

Isso mesmo: verdadeiros, mas menores!

 

Hoje sei, me guardei inteiramente pra você

Mesmo desconhecendo o rosto, o endereço...

Agora sabido, e contigo

Somou-se ao preto e branco da minha vida

Milhões de novas cores.

E a cama é quente, confortável

Antepondo-se aos invernos com lençóis afiados.

 

Se o que vejo nos teus olhos

Não é reflexo do que sinto eu

Então, é provável que estejamos fadados

A eu e você, amores e beijos e infinitas combinações...

Flávio Omena
Enviado por Flávio Omena em 07/08/2011
Reeditado em 07/08/2011
Código do texto: T3144927
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