ASSASSINARAM MINHA POESIA


De repente minha inspiração
Foi embora... Foi delicada
Meio seca, meio molhada
Passageira desse meu sentir.

De repente meu coração
Bateu sozinho. Bateu pequeno
Bateu fraquinho na esperança
Que outro amor possa florir...

De repente minha inspiração
Foi embora... Foi discreta
Foi pungente passageira incerta
Desse meu fingir...

De repente amassei o poema
Quebrei os versos... Acidente
Noticiado nas redondilhas
Das manchetes sensacionais.

Agoniza o poema...
Doem os versos, estrebucha
O soneto emudece a canção.

Morre minha poesia! 
Morre triste meio
sem jeito
Bem no meio da contra mão.



Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 07/08/2011
Reeditado em 11/03/2012
Código do texto: T3144551
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.