Faróis do mundo profundo
Ao escritor e poeta Lorsdsir Pena
Toda quietude é recusa naturalizada na esperança.
Em tímidos barcos pobres e sem velas.
Sumindo além da borda-d”água como auroras.
Os naufrágios assimilados dos trapos de São Telmo.
Sobre a face nebulosa calma e brava.
Chuvaradas de junho e julho adormecidas.
São feridas lágrimas de salitre atroz,
Reconfortada pelo giz certeiro dos faróis.
Do profundo mundo eterno e calmo moram lagos.
De acidente por si desencontrado.
Resgata do vento a alma de vidro descarnado.
Gente de olhos tão noturnos...
Compostos de nudez amaninhante.
No veludo obrigatório tão passivo.
Fogos tão cruéis... Rumos tão distantes...
São das estrelas... Auras seus brilhantes.