Faróis do mundo profundo

Ao escritor e poeta Lorsdsir Pena

Toda quietude é recusa naturalizada na esperança.

Em tímidos barcos pobres e sem velas.

Sumindo além da borda-d”água como auroras.

Os naufrágios assimilados dos trapos de São Telmo.

Sobre a face nebulosa calma e brava.

Chuvaradas de junho e julho adormecidas.

São feridas lágrimas de salitre atroz,

Reconfortada pelo giz certeiro dos faróis.

Do profundo mundo eterno e calmo moram lagos.

De acidente por si desencontrado.

Resgata do vento a alma de vidro descarnado.

Gente de olhos tão noturnos...

Compostos de nudez amaninhante.

No veludo obrigatório tão passivo.

Fogos tão cruéis... Rumos tão distantes...

São das estrelas... Auras seus brilhantes.

Tércio Ricardo Kneip
Enviado por Tércio Ricardo Kneip em 07/08/2011
Reeditado em 07/08/2011
Código do texto: T3144243
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