Amor Platônico
Estou tão perto e também tão longe;
Sinto-me bem e ao mesmo tempo mal;
Quero distância, mas sinto saudades;
É isso que chamam de amor platônico?
Involuntário ou voluntário?
Realmente não importa,
Continua sendo amor platônico,
Aquele amor que é chamado de idiota.
Talvez seja, talvez não;
Depende do ponto de vista,
Da razão que pode ser fria e calculista
Ou da imaginação que pode ser inepta.
E eu digo: Como é bela a vida!
Mesmo escolhendo um dos lados da corda
E torcendo para que o lado escolhido
Não seja puxado e depois derrubado.
Razão ou imaginação?
Loucura ou sanidade?
Para que escolher se podemos bater tudo num liquidificador?
E tomar num gole só, pois é amor – a receita do amor platônico.