A torre
Não que fosse tão alto
que dificultasse sua descida,
tão menos deserto,
onde não pudesse ser ouvida...
mas era distante o suficiente
para que sozinha fosse
consumida pelo medo.
E sozinha, absorta, impotente
vencida, perdida nos sonhos
que tecia, nesses mesmos sonhos
que alimentavam sua vida...
Ali permaneceu, assistindo
os dias nascerem e morrerem
a espera de um futuro
que jamais viria.