A torre

Não que fosse tão alto

que dificultasse sua descida,

tão menos deserto,

onde não pudesse ser ouvida...

mas era distante o suficiente

para que sozinha fosse

consumida pelo medo.

E sozinha, absorta, impotente

vencida, perdida nos sonhos

que tecia, nesses mesmos sonhos

que alimentavam sua vida...

Ali permaneceu, assistindo

os dias nascerem e morrerem

a espera de um futuro

que jamais viria.

Luiza Helena
Enviado por Luiza Helena em 10/12/2006
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