Amor esculpido

Escapou algo

Que estava entre isso e aquilo

Tropeçando cambaleante

Em murmúrios errantes.

O momento era de ninguém

Inóspita atenção

Monólogo sintético

Juntando arquétipos.

No entanto...

Saberia dizer dos planos

Só a idéia já seria vastidão

O relógio pararia

Diante tamanha fusão.

Seria fatídico o entrelace?

O toque das mãos?

Caberia zelo...lealdade?

Ou tudo seria

Só um espaço da verdade?

Já não se tem argumentos

Só silêncio e momento

Partes soltas... rasgadas

Cobrindo as calçadas.

Monumento abandonado

Paredes frias esfumaçadas.

Face reluzente

Asas transparentes

O amor esculpido

Em forma de cupido

Atingindo de frente.

Bem íntimo...dentro

Se é que cabe ao fundo

Um mundo aberto

Um vitral descoberto.

O portal da felicidade

Sitiando nova realidade.

Lucinda
Enviado por Lucinda em 06/08/2011
Código do texto: T3143204
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