Segredos

Tenho em mim segredos incontáveis, memórias guardadas em cárceres, jamais pré dispostas a sansões condicionais.

Estão em arquivos mortos pelo tempo, jamais expostas,

São clandestinos da mente já viciada em não querer saber.

Ficam travados e se esvaem com o tempo, quando prestes a ter uma pena reduzida a memória faz um novo julgamento e la se vão os segredos sendo encaminhados ao corredor da morte, escoltados por idéias ávidas a serem expostas, mas essas se calam, não acendem a sua áurea .

Fechados pelo tempo, empoeirados pela vida, ficam guardados na memória tais segredos, nem sempre indulgentes, apenas pragmáticos, revoltados com o descaso, com o anonimato visceral que lhe foi sentenciado.

Edeneide Xavier
Enviado por Edeneide Xavier em 06/08/2011
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