Segredos
Tenho em mim segredos incontáveis, memórias guardadas em cárceres, jamais pré dispostas a sansões condicionais.
Estão em arquivos mortos pelo tempo, jamais expostas,
São clandestinos da mente já viciada em não querer saber.
Ficam travados e se esvaem com o tempo, quando prestes a ter uma pena reduzida a memória faz um novo julgamento e la se vão os segredos sendo encaminhados ao corredor da morte, escoltados por idéias ávidas a serem expostas, mas essas se calam, não acendem a sua áurea .
Fechados pelo tempo, empoeirados pela vida, ficam guardados na memória tais segredos, nem sempre indulgentes, apenas pragmáticos, revoltados com o descaso, com o anonimato visceral que lhe foi sentenciado.