O

Nao,

Nao posso!

O nao subiu à boca…

mas foi antes, muito antes.

Surgiu nem sei de onde.

Correu o que devia e pouco a pouco.

Uma força percorrendo, engilhou tudo,

o nao cheio de nós juntando, encorpado.

O nao-nó, um som redondo

dando forma, espessando…

Percorreu só o necesario.

Nao! Uma bola!

Bala, disparado!

Cetro fácil, que fortaleza!

Nó-redondo-nao-compacto, construçao.

Nao, nao , nao!

Coluna, mandala, ciclo,

austeridade compactada

o nao correndo o fio fino,

enredando, amassando, tercendo nós.

Castelo duro, rainha dura!

O nao andou, terceu, uniu,

compactou tudo!

Ai meu Deus, tudo!

E eu pensei que só à boca…

Enredou, enredou todas as pontas!

E eis aqui essa bola compacta.

Esse nó-nao-palavra-redondo.

Hermético!

Senhor, o que fazer com essa força?

Essa bola devastadora, ela agora me quer,

a mim!

Eu sinto que me asfixia.

Ai , compactou tudo!

Um nó subiu à garganta.

E nao posso…

Ai, nao, nao, nao!