Cacos de um poeta

Não se sabe em que pensa aquele moço na esquina

Parece um navio encalhado, é tão somente um desenho

Desmanchando-se sob a chuva

Espalhando-se pelo asfalto

Até que vem o gari e recolhe o que restou, indiferente

Segue sem saber que lançou entre os detritos

Os cacos de um poeta, seus gritos

taniameneses
Enviado por taniameneses em 05/08/2011
Código do texto: T3142266
Classificação de conteúdo: seguro