Cacos de um poeta
Não se sabe em que pensa aquele moço na esquina
Parece um navio encalhado, é tão somente um desenho
Desmanchando-se sob a chuva
Espalhando-se pelo asfalto
Até que vem o gari e recolhe o que restou, indiferente
Segue sem saber que lançou entre os detritos
Os cacos de um poeta, seus gritos