Eu e o coração somos sofredores
Oh! Momentos de desilusão
Tantas noites de incertezas
Vários problemas sem solução
Infeliz d’eu e do meu coração
Que só vivemos nessa avareza.
Míseros coitados, sofremos tanto!
Ouço tudo calado e ele inerte chora
Sei que não somos nem um santo
Só ela pode calar o nosso pranto
Desde quando ela foi-se embora...
Vagamos por aí andando aos léus
Não temos rumo e nem esteio
Nosso triste manto é o céu
Fazemos da vida esse doce fel
Bebemos o néctar desse seio...
Que seu amor nos compreenda
E assim traga-nos dias melhores
Estamos cansados de contenda...
Clamo-te de volta minha prenda
Até desistimos de outros amores!
Sabedores dos percalços do destino
Um coração a esmo, e eu sem rumo!
Seremos andarilhos em desatino
Eu, homem de rua, ele coração ladino.
Caindo pra cá e pra lá, sem prumo...