Um Arquiteto
No auge dos meus vinte dois anos
Eu fui te amar, crescer e mudar;
Construir um edifício em pântanos
Só para você ter onde morar.
Talvez não tenha gostado,
Era meio torto – imperfeito;
Não sou lá um bom arquiteto,
Mas foi feito com carinho e amor e um pouco de cuidado.
Apesar de todas as imperfeições,
Decorei com as mais bonitas cores,
Cristais, enfeites, velas e amores;
Só para te deixar ao menos um pouco confortável.
Mas era meio cinza-escuro e desbotado por fora;
Agora era o que eu tinha de melhor,
Embora, creio que para você amor
Tenha sido um tanto quanto desconfortável.
Minha ambição era te dar uma Torre de Babel
Para que pudesse conhecer a caixa de pandora
Ou no máximo uma Torre Eiffel,
Contudo, recebeu uma Torre de Pisa.
É porque o Destino gosta de pregar peças,
Feito uma irritante criança,
Muda tudo o que foi planejado
Só para dizer que é o mais esperto – esse destino mal-criado.