Até o portão
O anunciado está claro:
- Deus mora na sombra da solidão humana.
Divaga no sol sua naftalina de ouro e prata.
Ficando sol que queima sempre que doura.
Não é bom nem mal. É necessário.
Será preciso convencer o vazio
Com a essência da palavra escrita.
Corrigir os cálculos do problema A e B.
Escolher entre o x e o ch.
Decidir que a trema está perdida
Como se a alma ficasse mais leve.
Depois carregar o lixo até o portão
Que dá para a sala celestial da doce aurora,
Onde choram todos os viúvos e viúvas
Na chuva devastadora do adeus sentimental.
Para mudar, tudo mudar, sempre mudar.
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Poema Pós-tradicionalista