Até o portão

O anunciado está claro:

- Deus mora na sombra da solidão humana.

Divaga no sol sua naftalina de ouro e prata.

Ficando sol que queima sempre que doura.

Não é bom nem mal. É necessário.

Será preciso convencer o vazio

Com a essência da palavra escrita.

Corrigir os cálculos do problema A e B.

Escolher entre o x e o ch.

Decidir que a trema está perdida

Como se a alma ficasse mais leve.

Depois carregar o lixo até o portão

Que dá para a sala celestial da doce aurora,

Onde choram todos os viúvos e viúvas

Na chuva devastadora do adeus sentimental.

Para mudar, tudo mudar, sempre mudar.

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Poema Pós-tradicionalista

Tércio Ricardo Kneip
Enviado por Tércio Ricardo Kneip em 05/08/2011
Reeditado em 09/08/2011
Código do texto: T3140637
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