PRAZER

Ah, nestas mãos revoam aves delicadas

a me levarem, sobre as asas, às delícias

das noites claras, só de amor enluaradas,

a percorrerem meus segredos com carícias.

Ah, nestes lábios que, dos deuses, são moradas

liberto e lambo as inocências das malícias

que dançam n'alma aos sons de músicas douradas,

enquanto sugam meus delírios com letícias.

Como se não bastasse tanta maravilha,

tu me convidas a pousar, despir tua ilha

que acolhe a fonte mais sagrada do viver.

Em tuas mãos, teus lábios, ilha, eu faço mundos

com mil vulcões de orgasmos múltiplos, profundos

e entrego a vida às suas lavas de prazer...

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 05/08/2011
Código do texto: T3140462
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