As Agruras Destemperadas de um Errante Cavaleiro Sem Cavalos*

Nas noções do aturdir

meu ébrio e inconstante corpo

Divaga num duvidar perene.

A loucura que encabeça meus quereres

Aguça o sentido das coisas

E me traga para becos obtusos.

Eu, o errante cavaleiro sem cavalos,

Galgo uma jornada tosca

Com impaciência destemperada

Mixada a uma crueldade fria

E ainda tenho tempo de fugir

Municiado de um amor tanto

Cheio de lágrimas, sorrisos e querer bem.

C.A.D. S.T.C.

*A Miguel de Cervantes