A cena proibida

Entretanto, vago entre lençóis

Entrementes os minutos formam o não-tempo

Entre beijos correm os regatos

Entreaberta, a porta revela a cena proibida

Entre tantas cenas repetidas

Desfilam as garças pelos manguezais

Cascatas de pensamentos descem com as cores do fim da tarde

Entre as nuvens vários sóis

Escondem-se das rapsódias noturnas

Soturnas entrelinhas do momento desconhecido

Vestido bordado de segredos de almas em degredo

Perdidas horas

Choras o desespero dos arvoredos

Que vão, pouco a pouco, se escondendo

No abandono da noite feita de demoras

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taniameneses
Enviado por taniameneses em 04/08/2011
Reeditado em 03/02/2013
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