A cena proibida
Entretanto, vago entre lençóis
Entrementes os minutos formam o não-tempo
Entre beijos correm os regatos
Entreaberta, a porta revela a cena proibida
Entre tantas cenas repetidas
Desfilam as garças pelos manguezais
Cascatas de pensamentos descem com as cores do fim da tarde
Entre as nuvens vários sóis
Escondem-se das rapsódias noturnas
Soturnas entrelinhas do momento desconhecido
Vestido bordado de segredos de almas em degredo
Perdidas horas
Choras o desespero dos arvoredos
Que vão, pouco a pouco, se escondendo
No abandono da noite feita de demoras
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