(((((:::::SAUDADE MARÍTIMA:::::)))))

Duma palavra à outra a mão que escreve, são reais

o escrito - o que digo é sentimento vivo.

escorre a vida para a boca que se fina de desejar

como a onda que morre para outra começar.

Recolhi as palavras em versos

feitos de lágrimas e silêncios.

uma saudade marítima caía-me dos ombros nus.

Amei-te sem nada lhe dizer - nem do amor,

nem do destino e da própria dor.

Na palidez do vazio agarro-me ao sonho do abraço

na quentura aconchegante dos lábios esperados

dos corpos para sempre entrelaçados.

Hora de febre e de calma, que morre o sol e nasce o luar...

Mais um minuto para a minha hora, de olhos fechados, a sonhar...

conto o tempo, ansiosa com a saudade nos lábios que anseiam beijar

Vem logo, meu amor...que já não aguento tanto esperar...!

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 04/08/2011
Código do texto: T3139208
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