POR QUE POETA?
Quando me sinto sem eixo
E a vida me faz perguntas
Eu não mais me contenho
Não domino a minha conduta!
E como um robô, autômata
Pego do papel, sem dar conta
E num segundo desponta
A resposta que nem mesmo busco!
Tudo se torna claro
Fácil de desvendar...
Aliás, nem era mistério
Já estava lá, em seu lugar!
Será que isso é normal?
Precisar da caneta para pensar...
Está na escrita a minha lógica?
Ou na poesia encontro o sinal?
Um sinal, uma porta
Para o meu inconsciente.
Um acorde, um “acorda”
Ou só um método inconseqüente?
Mas tudo fica tão claro!
Tão fácil de evidenciar...
Nada mais é complicado
Estabelece-se a ordem o e o lugar!
E então sei o que é certo
O que é necessário, o supérfluo...
O que devo fazer e o que eu não fiz
E nada me é um fardo.
É só algo que eu não quis!
Tem um ditado que diz:
Nada acontece por acaso.
Na poesia me encontro e sou feliz
E é com ela que eu me abro!
Talvez seja loucura!
Um sonhar de ser poeta...
Ou será a minha cura
Ou a insanidade completa!
Santo André, 03.08.11 – 3h10m