Vizinho do passado.
Rio, 04.08.11.
Vizinho do passado.
Quando penso no passado,
não o consigo conceber longínquo,
como um trecho que está
a léguas do meu atual caminho,
ao contrário, o passado
me parece um vizinho,
daqueles que admiramos por
algum motivo, mas que sabemos
que não podemos ter acesso,
e as vezes,nas primeiras
horas da manhã, quando abro
a porta do meu presente
e deixo entrar o sol
que me aquece e irradia,
esse vizinho passa acompanhado
da sua esposa nostalgia,
e os dois cordialmente
me desejam bom dia.
Clayton Marcio.