PRÓ_EMINHA
Passarás
como as pássaras
inconflitáveis com o espaço
[quintas, quintais, quitandas, Quintana]
das gaiolas, libertei
toda a palavra
[cruzada]
trocada contigo
palavras do tempo das cascas das bananas-da-terra
num céu de amarelinhas
em sol de rouba-anel
[e outras]
e outras tantas cagadinhas escritas
não sei se pelas minhas mãos ou pela tua rua
liberta dos pombos!
Passarás
como as pássaras
desinteressadas pelo espaço
[quintas, quintais, quitandas, Quintana]
das paredes, a muda
[cais e caos]
inpalavrada e enrouquecida
em dueto, comigo
quaisquer palavras têm sons de cristais da Bohemia-de-cima,
o sol rachará ao meio este meio dia
[aos quebra-quebras]
à pino, como quem mastiga
quebra-queixos
que faz trincar o treino do trino dos gorjeios
só para bicar mais gilós!
ainda hei de solfejar uma Ave-Maria de Gounod
[e, sozinho]
serei uma quinta, um quintal, uma quitanda... um Quintana!