O medo ( quintanilha )
De repente, o pavor mais incontido...
Qual se deflagra estático na retina,
O ventre frio, na cabeça adrenalina...
Paralizado, o horror que lhe alucina,
Dum grito estridente... ensandecido...
Fica estampado o gesto horripilante,
Do desespero, em todo o seu alarde,
Desfigurando, além, o seu semblante...
Braço preso, perna solta, pé travado...
Pasos tíbios, num andar sem direção,
Toda angústia no tremor da sua mão...
Descompassado a bater seu coração,
Ofegante, lhe falta o ar, desesperado...
Não obstante, medo, é infame agonia,
E não distingue do valente, o covarde,
Você ainda não teve medo, algum dia?
Valdívio Correia Junior, 04/08/11
Dedico esta quintanilha à poetisa Lulli
pois, ví pela primeira vez, na sua sala,
esse interessantíssimo genero poético.
Muitíssimo obrigado, Lulli! Muita paz!!!