Chuva lázuli
Existe a alma da chuva
Na brilhância dos minerais lavados.
Essa chuvinha perto da aurora...
Que fica retida na memória.
Como se quisesse surtar o brejo
Espalhado em toda parte.
Sol dormente de tão recente.
Roupas secando na varanda.
Rua renascendo da lavanda.
Arquinhos chapinhando sobre poças.
Suave verde arvorecido.
Como eu gosto...
Depois da chuva navegam barquinhos.
Os mesmos meninos em pesca de girinos.
Outras vozes mais sérias procuram
O mais seco caminho.
Correm finos e lindos os pequenos lagos.
Com a pose maior de rio da chuva.
Conversa da noite coachando estrelas ondeantes
Lâmpada lázuli de azul sobre a memória refrescante.
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Há um tempo em que a chuva é um brinquedo de criança.