O VENTO
Porque choras vento
De um modo tão sofrido?
Não vês que causas medo
E te tornas destrutivo?
O vidro da janela
Parece querer fugir
Da fúria de sua força
Com medo de se partir!
As arvores até envergam
Para não serem quebradas
Mas perdem galhos e folhas
E até as suas floradas!
As crianças assustadas
Correm de encontro aos pais
Querem abrigo, aconchego
Para poder dormir em paz!
Aqueles mais medrosos
E também mais sugestionáveis
Ao ouvirem seus lamentos
Dizem serem vozes do além.
E então se descontrolam
Não dando sossego a ninguém!
Porque tanta revolta?
Deixando todos com medo
Melhor não seria ser uma brisa?
Apenas um vento benfazejo?
Santo André, 03.08.11 – 3h31m