(((((:::::ECO RUBRO:::::)))))
Madrugadas, campos fecundos de minhas angústias
com o seu eco tão rubro, tendo dores em romarias
a travar embates dilacerantes na intima via
minha alma sucumbe a melancolia
E o negro céu me cai pesado sobre a cabeça
Foge, roçando ao muro a sua asa sombria,
anjo perdido - tua lágrima minha sangria
como posso sorrir, se não possuo alegria?
Soturnos funerais deslizam tristemente
Espalha-se por mim todo como um frio do corpo ou um medo
cadáver de mim mesma essa imobilidade
vou velando o que fiz e o que podia ter feito na vida.
O irreparável do meu passado - é (in)solução do meu presente
por mais que eu grite, ande, me reinvente
nada muda , tudo igual, nada é diferente
e os sonhos vão morrendo lentamente
Triste sorte a minha - essa dor tão envolvente
é assim o amor que a gente sente
Na ilusão do espaço e do tempo,
A conversa fechada concludentemente,
lá fora o luar, com a esperança que já não tenho,
noite em que não durmo, dias que sobrevivo
sonho que hei de haver,
cada minuto:morrer, morrer, morrer,...