(((((:::::ECO RUBRO:::::)))))

Madrugadas, campos fecundos de minhas angústias

com o seu eco tão rubro, tendo dores em romarias

a travar embates dilacerantes na intima via

minha alma sucumbe a melancolia

E o negro céu me cai pesado sobre a cabeça

Foge, roçando ao muro a sua asa sombria,

anjo perdido - tua lágrima minha sangria

como posso sorrir, se não possuo alegria?

Soturnos funerais deslizam tristemente

Espalha-se por mim todo como um frio do corpo ou um medo

cadáver de mim mesma essa imobilidade

vou velando o que fiz e o que podia ter feito na vida.

O irreparável do meu passado - é (in)solução do meu presente

por mais que eu grite, ande, me reinvente

nada muda , tudo igual, nada é diferente

e os sonhos vão morrendo lentamente

Triste sorte a minha - essa dor tão envolvente

é assim o amor que a gente sente

Na ilusão do espaço e do tempo,

A conversa fechada concludentemente,

lá fora o luar, com a esperança que já não tenho,

noite em que não durmo, dias que sobrevivo

sonho que hei de haver,

cada minuto:morrer, morrer, morrer,...

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 03/08/2011
Código do texto: T3136054
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.