Sábado Insano
São Paulo é de pedra,
É um imenso pulmão
Respirando outras eras,
A milhares de anos luz
Além e aquém
De qualquer esperança que se espera.
E entre essas tantas paredes,
Vidas divididas;
Partidas;
Idas...
Morrendo uma vida ainda não nascida.
E entre o silêncio do caos de São Paulo,
Barrado nas paredes de pedra de São Paulo,
Perdido entre as eras e a esperança insana de São Paulo
O meu coração voa,
Sobe o mais alto que pode
E de lá explode – gritando o teu nome.
Oh! Aonde Deus foi passar o sábado
Que se esqueceu de acalmar minha alma?