Espião do nada
Às vezes me sinto observador da vida,
de outra feita um estranho na multidão,
na balança do tempo, vezes sou poeta,
outrora aluno e aprendiz d’outra lição.
Tem dia que sou leitor de algum tema,
noutras horas um completo aniquilado,
ao pensar que darei conta do problema,
já me perco entendendo tudo errado.
Assim sendo espião do não sei nada,
ando longe de entender todo mistério,
mas senhor das horas todas que procuro,
vezes lúcido, outras vezes, um maníaco.