Suponho que morro.
Já nem eu suponho o amor que lhe tenho
o temor que devasta a minha noite
quando em teu perfume de frutas e flores,
a tua falta me assusta
já nem eu suponho o sentir que sinto
Assim maior que tudo e toda aurora
e toda alvorada,
Em toda estrada já não suponho caminhar sem ti.
Me pareces maior que a lua e mingua-me a poesia
Se deparo-me só, sem tua mão a acariciar a minha
e nem todo o deserto é maior que a secura e a boca
As palavras nela se apoucam em tua ausência
Nem canto, nem quase já respiro e repito
ao peito que se aquiete, mas é mistério
que não suponho, sentir-me assim sem ti
tão incompleta e dividida e rouca