A PERDA DO AMOR

As rosas
despetalarei em momentos de vida,
uma a uma, como gotas de orgasmo
e a cada gota serei eu,
vivendo...

Teus olhos insanos
comprometerão a paisagem
e teus pensamentos profanos
poluirão o jardim.

Será o meu riso, no entanto,
que dominará o espaço infinito.

Adeus, te direi,
pois tenho compromisso com o futuro.

Minha morte,
ainda que não te aborreça,
só a mim diz respeito.

O vazio que ficará
não será preenchido
por tuas lágrimas desimportantes,
pois elas não refletem
o amor que há tempos morreu
no teu peito.
Refletem apenas a tristeza da perda
do amor que sugavas de meu coração.
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 02/08/2011
Reeditado em 23/07/2014
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