CONSCIÊNCIA

Foi no momento da inexata percepção
dos ruídos,
das luzes,
das formas,
que encontrei a precisa dimensão
de mim mesmo.
Os dias se diluíram pelas noites.
O tempo ficou suspenso
na vastidão das emoções.
Pontos de luz,
retalhos de vidas.
Penduricalhos.
E o meu amor posto assim
através das mãos de um anjo.
Desconheço-me,
busco antigas verdades
na memória tatuada pelas sutilezas
dos desvãos de uma alma proscrita.
Reconheço-me, apenas, nos teus olhos,
como se, neles,
eu fosse morrer em direção à vida.
E resto desse jeito,
como se tudo em mim
fosse apenas tu.
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 02/08/2011
Reeditado em 23/07/2014
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