Vida vazia.

Ébrio a caminhar em noites frias

Sem aconchego nem caricias de um bem

Somente um ser, sem sonhos nem fantasias

Na realidade de um mundo sem ninguém.

Os sentimentos que lhes chegam amiúde

São refletidos sobre a luz de um luar

Nas poças de água em plena solidão da rua

Que se misturam com as que brotam no olhar.

É clara à noite, porém é turva a imagem

Na claridade não consegue a face ver

O sal ardente que perturba os seus olhos

Distorce imagens que insistem em aparecer.

Com passos lassos continua o seu caminho

Na esperança de um novo alvorecer

É ave triste, não tem galho, não tem ninho

Segue sozinho é solidão o seu viver.

Edivaldo Mendonça
Enviado por Edivaldo Mendonça em 02/08/2011
Reeditado em 07/02/2012
Código do texto: T3134156
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