Sobre o tempo
Queria poder parar o tempo
Fazer voar longe de mim.
Obrigar a brisa ordenando:
- Carrega ai todo o passado
Como uma folha de papel rascunhado!
Em horas sóbrias
Sem o doce paladar da bebida.
Contando os malditos segundos
Estes mesmo que lentos em seu trabalho
Acabam por deixar nos fazer sonhar.
Confesso-ti
Solto palavras a toa
Apenas para velas partir.
E para onde vão
Coisas ditas assim pelo coração?
Tão confuso
Drámatico como o teatro.
Apenas um capítulo de novela
Que se encerra com a pergunta estampada
Em um roteiro mal interpretado.
O tempo que não e sentido,
Graças a hora corrida
É como um poema explicado
Onde a poesia está sendo apagada.
twitter - @Anfarinha
http://andrefarinha.wordpress.com