Depressão

Soterro as lamparinas de minha existência

A fim de lambiscar no vácuo

As.porcelanas que dão colorido ao meu viver...

Rotina rústica absorve meu tempo

E me arremessa num mar de veleidades

Onde procelas agitam os miasmas da solidão.

Mazelas solitárias descrevem minha sina

Num ponto em que o destino fecunda a noite

E o pensamento adormecido liberta a inconsciência

Que vagueia impune pelos pântanos de caudalosos desertos...

Vendavais balouçam gigantescos galhos marinhos

Num sussurro ensurdecedor de indelével saudade,

Redemoinhos de areia abrem crateras no fundo dos vales

Por onde águas cristalinas transbordam um arsenal de incertezas...

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Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 01/08/2011
Código do texto: T3133459
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