O CHÃO É O LIMITE
O CHÃO É O LIMITE
No brete espera a partida
Almeja ser vencedor
No lombo de um cavalo
Ou um touro pulador
A platéia clamorosa
Espera com emoção
Ecoa a voz pelos ares
E retorna ao coração
Cada pulo é um aceno
Da aba do seu chapéu
Cada tombo é um lamento
Só resta clamar ao céu
No rodeio dessa vida
Já pulou cavalo e boi
Muitas glorias já ficaram
De um peão que se foi
Sentindo o peso da idade
Já não há quem se habilite
Parar no lombo dos anos
Onde o chão é o limite
Laurindo Marques Ferreira